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Justiça Eleitoral manda retirar postagens de redes sociais que associam Raquel Lyra a Bolsonaro

Segundo TRE, mensagens foram publicadas por coordenador de militância de Marília Arraes (Solidariedade), que disputa com candidata do PSDB o segundo turno em Pernambuco.

Um dia após a denúncia de fake news feita pela coligação de Raquel Lyra (PSDB), a Justiça Eleitoral determinou que mensagens sejam retiradas das redes sociais. As postagens, segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), “associavam a campanha da candidata ao governo ao presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL)”.

Na terça (11), campanha de Raquel Lyra denunciou à Polícia Federal (PF) e ao TRE as publicações na internet com notícias falsas. No segundo turno, a candidata do PSDB enfrenta Marília Arraes (Solidariedade).

De acordo com a decisão do tribunal, divulgada nesta quarta (12), as postagens devem ser excluídas em 24 horas, sob pena de multa de R$ 5 mil para o titular do perfil.

Por meio de nota postada no seu site, o TRE disse que o desembargador auxiliar Dario Rodrigues Leite de Oliveira, em decisão liminar, determinou a retirada de mensagens e vídeos postados nas redes sociais por José Matheus Gomes de Araújo.

O tribunal disse, no texto publicado no seu site, que o autor das postagens é coordenador de militância da candidata ao governo Marília Arraes.

Ainda segundo o magistrado, as postagens indicavam “uma aliança política entre a candidata ao governo Raquel Lyra e o presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro”.

O magistrado justificou a decisão ao tratar as mensagens como informação “inverídica” capaz de “proporcionar estados mentais passionais” no eleitorado.

O desembargador acolheu o pedido da coligação comandada por Raquel Lyra. Na decisão, Dario Rodrigues Leite de Oliveira justificou que a retirada das postagens “se faz necessária por veicular informação sem respaldo na realidade e atendeu o pedido da coligação, de que a mensagem pode causar danos à campanha da candidata”.

“Com efeito, tem-se pública e notoriamente sabido que a representante Raquel Teixeira Lyra Lucena não externou apoio a quaisquer dos concorrentes em segundo turno na eleição presidencial, bem como que recepcionou, de quaisquer deles, apoio político à sua pretensão no certame local, afigurando-se, portanto, absolutamente contrário à realidade ou à verdade, tal como o faz algumas das postagens em exame, ditas ocorrências”, afirmou o desembargador auxiliar.

Advogados da campanha de Raquel Lyra (PSDB) — Foto: Pedro Alves/g1

           Advogados da campanha de Raquel Lyra (PSDB) — Foto: Pedro Alves

Em coletiva, da terça, os advogados da coligação afirmaram que uma das postagens é uma montagem de uma foto tirada na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Pernambuco.

Na imagem, estão Raquel Lyra, a candidata a vice-governadora Priscila Krause (Cidadania) e o presidente da seccional, Fernando Ribeiro Lins.

Na montagem, afirmou a coligação, no lugar do rosto do presidente da OAB, foi colocada a imagem de Bolsonaro.

A ordem emitiu nota e repudiou o caso, afirmando, ainda, que recebeu visitas de diversos candidatos ao governo do estado, e que nenhum presidenciável participou.

Raquel Lyra disputa com Marília Arraes um segundo turno inédito em Pernambuco. Pela primeira vez, duas mulheres chegam a essa etapa da corrida pelo governo do estado. Raquel teve 20,58% dos votos válidos no primeiro turno. Marília teve 23,97% dos votos.

Nesta quarta, a Raquel Lyra afirmou, pelas redes sociais, que não vai apoiar Lula nem Bolsonaro no segundo turno das eleições para presidente.

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